1.7 A experiência brasileira numa perspectiva comparada - 1.7 A experiência brasileira numa perspectiva comparada
1.7 A experiência brasileira numa perspectiva comparada
Uma questão relevante é estabelecer em que medida o perfil de formações oferecido pelo ensino brasileiro difere significativamente do observado em outros países. Para responder a essa questão consideramos os dados coletados pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2018) para o Brasil e para outros países. O gráfico 1.13 apresenta os resultados desse exercício.
Mesmo considerando que diferenças nas fontes de informação possam introduzir alguma discrepância entre os dados que servem de base para esta análise (número de diplomas outorgados) e aqueles utilizados pela OCDE, pode-se verificar que, em linhas gerais, o perfil que apresentamos aqui não diverge fortemente daquele apresentado pela OCDE. Segundo a OCDE, Administração e Educação, no Brasil, respondem por 51,6% de todos os graduados. Esse número não é relativamente próximo ao que apontamos pela nossa base de dados (48,9% do total de titulações outorgadas).
O gráfico 1.13 também mostra que o perfil da formação ofertada pelo ensino superior brasileiro é similar àquele que encontramos em outros países da América Latina: em todos os países da América Latina incluídos nas bases da OCDE, as áreas de Administração, Educação, Engenharias e Saúde respondem por mais de 75% de todos os graduados formados. No Brasil, cursos nessas áreas formam 81% dos graduados. Já em nenhum dos países desenvolvidos essas quatro áreas juntas chegam a formar 70% de todos os graduados. Na Coreia do Sul, cursos nessas 4 áreas, juntas, formam 58% dos graduados. Na Alemanha, 63% dos graduados; na França, 67%; na Grã-Bretanha, 54%; e, finalmente, nos Estados Unidos, 50%.