2.1 Número e taxa de emprego formal

Uma questão central neste estudo é descrever os padrões de inserção dos egressos da graduação no mercado de trabalho formal. Para essa análise, as informações coletadas pelo Censo da Educação Superior para cada aluno diplomado entre 2010 e 2017 foram cruzadas com os dados da Relação Anual de Informação Social (RAIS) coletada pelo Ministério da Economia, que contém informações detalhadas para todos os empregados formalmente registrados em todos os estabelecimentos no território nacional. Com esse procedimento é possível obter um quadro detalhado da inserção dos diplomados de nível superior no mercado de trabalho, sempre que essa inserção implique em um vínculo de emprego formal. Desde já é importante salientar que esta análise não captura a inserção de trabalho que decorre da atividade autônoma de profissionais liberais, nem a atividade econômica que decorre do empreendedorismo de parcela desses egressos, ou situações de trabalho que implicam na prestação de serviços para uma ou mais empresas através de pessoa jurídica ou de outras formas de trabalho informal, já que esses perfis não são incluídos no sistema RAIS.

Ademais, foram excluídos de nossa análise os egressos que optaram por avançar a sua formação, ingressando na pós-graduação stricto senso (mestrado ou doutorado), visando evitar o viés causado pela influência que os maiores níveis de titulação podem ocasionar nas taxas de emprego e remuneração3. Assim, nosso alvo de análise foi reduzindo de 8.209.941 indivíduos diplomados para 8.042.384 (gráfico 2.1).

Desse total, 4.460.303 indivíduos possuíam vínculo formal de emprego, tal como registrado na RAIS de 2017 indicando uma taxa de emprego formal de 55,5%. A análise do emprego formal, tomando como referência o ano de diplomação, mostra que quanto maior o tempo, maior a taxa de emprego. A medida que diminui o tempo de diplomação essa taxa diminui, como é o caso daqueles que se diplomaram em 2017, ou seja, no mesmo ano de análise do emprego. Ainda assim, 44,6% dos diplomados já apresentavam emprego formal neste mesmo ano.

3O padrão de inserção dos pós-graduados no mercado de trabalho formal é analisado em detalhes no estudo do CGEE Brasil: Mestres e doutores 2019.
Diplomados na educação superior por ano de diplomação (2010-2017) e taxa de emprego formal em 2017
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