5.1 População e formação de nível superior

A análise dos padrões de distribuição regional dos diplomas outorgados pela educação superior pode ser captada quando se considera o número de diplomas por região. Para essa análise consideramos exclusivamente os diplomas outorgados por cursos na modalidade presencial. O gráfico 5.1 detalha a quantidade de diplomas de graduação outorgados entre 2010 a 2017 por região e Unidade da Federação.

O Sudeste é de longe a região que mais contribuiu com a formação de nível superior neste período, com 3.568.052 de diplomas. A este se seguiu o Nordeste e Sul com mais de 1 milhão de diplomas (1.275.306 e 1.100.731, respectivamente) e o Centro-Oeste e Norte com menos de 1 milhão (661.923 e 464.440, respectivamente). 

Assim, o Sudeste foi responsável por 50% de todos os diplomas expedidos na modalidade presencial nesse período. Esta é também a região mais populosa e os dados que consideram a relação entre diplomações e população poderão ser encontrados no gráfico 5.2.

Três das seis unidades da federação com maiores números de diplomas no período pertencem ao Sudeste. São eles São Paulo (2.131.047), Minas Gerais (725.771) e Rio de Janeiro (577.648). Em seguida vem o Paraná (474.101) e Rio Grande do Sul (372.201).  Fora do Sul- Sudeste, aparece em sexto lugar a Bahia, com 299.300 diplomas.
 

Número de diplomas da educação superior em cursos presenciais por Unidade da Federação, 2010-2017

Outra análise que auxilia a observar os padrões de distribuição regional consiste na relação entre o número de diplomas e o total de habitantes com 22 anos de idade ou mais vivendo em cada região. Essa estimativa está no gráfico 5.2, tomando como referência a população de cada região e unidades federativas no ano de 2010, ano de realização do último censo populacional do Brasil. Diferentes regiões apresentam desempenho dissimilar nessa dimensão: Enquanto na região Sudeste, no período de 2010 a 2017, foram outorgados 4,4 diplomas para cada 100 habitantes com 22 anos de idade ou mais, na região Sul, essa proporção foi de 4,0 diplomas para cada 100 habitantes, e na região Centro-Oeste, 4,8 diplomas. Por outro lado, na região Norte, esse índice cai para 2,9 diplomas e na região Nordeste cai para 2,4. 

Nota-se, portanto, uma concentração na formação de pessoal de nível superior no Sudeste tanto em números globais quanto na análise relativa, considerando as respectivas populações. 

É preciso também atentar para as relevantes discrepâncias dentro de cada região, quando se considera o desempenho dos estados separadamente (Gráfico 5.2). A região onde essa discrepância é maior é a região Centro-Oeste, onde as IESs do Distrito Federal outorgaram 8,5 diplomas para cada 100 habitantes com 22 anos de idade ou mais, enquanto em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul esse índice alcançou valores de, na mesma ordem, 4,1, 3,9 e 3,5. Na região Norte temos os estados de Amazonas e Roraima com mais de 4 diplomas para cada 100 habitantes com 22 anos ou mais, e o Pará, onde esse indicador cai para 1,9. Da mesma forma, na região Sudeste, enquanto em São Paulo esse índice alcança o valor de 5,2, ele é apenas 3,6 no Rio de Janeiro.

Diplomas da educação superior em cursos presenciais por 100 habitantes com 22 anos de idade ou mais por UF e região, 2010-2017
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